Sentada, observa cada gesto, cada olhar fulminante.
Os cabelos longos e levemente cacheados — balançando ora para um lado, ora para o outro — induzem ao pensamento de suor escorrendo-lhe no corpo, fazendo as mechas aglutinarem as costas e nuca. Lábios definidos fecham-se e arreganham-se, trazendo o equilíbrio que tanto deseja — o momento de carícia e o instante em que aquele gênero musical viraria uma perfeita luxúria.
Um rebolar a faz rebolar na cadeira de madeira barata, oferecendo um prazer inenarrável.
A doçura no olhar violento enrijece os seios e o membro, simultaneamente.
Um desejo proibido, deliciosamente expressado no mergulho das pupilas, e expressado na língua que esfrega o lábio, deixando-o brilhante e úmido, seguindo a mesma constante do orifício que fica, a cada momento, mais encharcado.
O tesão contíguo leva a mão ao seio, com o subterfúgio de uma lingerie discretamente arrumada — não passa de uma carícia inebriante, fazendo um gemido abafado soar baixinho.
A saia curta de fino tecido deixa o fluido escorrer e marcar no assento, obrigando uma repentina fuga ao toilette.
Um tesão incontrolável
Quer tocar, sentir os dedos passearem pelo clitóris, enquanto sutilmente agrada o bico do seio. Embaixo, enfia-os, sentindo cada parte da carne do lábio molhado do tecido epitelial, aquecido, que lateja. Com olhos fechados, imagina, ao ouvir a rouquidão da voz.
Longe suficiente para não ver, mas próximo o bastante para o líquido pré-ejaculatório sair e embeber a calça que aperta e sente duro. Dança enquanto, a cada instante, a mão toca, de forma discreta, o membro, fazendo a excitação aumentar mais ao imaginar aquela saia sendo elevada para tirar uma calcinha – que sequer existe.
O tempo é precioso e complacente: A lacuna que se abre com intenção de trégua na escuridão propicia um tórrido ato: Os passos largos, com a mão no bolso, malandramente posicionada para a carícia, o conduz ao reservado, que cheira a puro feromônio.
O gemido, antes abafado, tornara-se clara excitação. Os olhos cruzam-se expondo o desejo e tornando o tesão ainda mais intenso.
O observar a ausência de roupa íntima na saia levantada o faz atacar, calças já arriadas, seios de fora, bocas com meladas línguas, o cacete quente esfregando nos rosados lábios.
As grandes mãos fazem exatamente o papel previsto e almejado, adentrando, enquanto ela abocanha o grosso e melado falo, até sentir no fundo da garganta que oscila na cabeça do pau pelos gemidos.
A bancada de mármore da pia torna-se o cenário perfeito para arregaçar as pernas com a saia esticada, e se provar ideal para a penetração na estreita e encharcada ruptura. Sente inchado e pulsante, entrando e saindo, fundo, até o fim, enquanto as mãos firmes, que antes seguravam o microfone, apertar forte os bicos dos seios duros por um prazer alucinado.
O olho no olho, profundo; pele arrepiada, bocas que se comem, lambem, gemem e trocam salivas que lambuzam e escorrem. As costas sentindo as longas unhas arranhando, som alto que abafa o gozo quente, que jorra enquanto ele enfia e tira, forte, em um ritmo constante até não poder mais.
E é esse gozo que o tira de si, abocanhando-lhe o pescoço ao gemer, alto, pressionando-a com o quadril pela frente, enquanto os dedos cravam as grandes nádegas, trazendo-a para mais perto, com desejo de rachar-lhe ao meio.
Um abraço sufocado pelo saber do segredo, cabelos grudados em bocas que sorriem, ofegantes, suor escorrendo nas têmporas com veias saltadas que latejam inebriadas de satisfação.
Dedo carinhosamente passado no lábio, repentinamente agarrado com a língua e levado à glote.
Duas risadas gostosas.
Troca de olhares repleta de euforia e plenitude.
Um homem que sai, saciado, do banheiro feminino.
Uma aliviada mulher sem calcinha retornando à cadeira.
O show não pode parar.